Desenvolver e implementar Sistemas de Gestão baseados em normas internacionais pode contribuir, de maneira significativa, para minimizar os riscos de uma organização.

A Revolução Industrial abriu uma enorme janela que proporcionou a massificação da produção, quando comparada ao modelo dos artesãos. Ao mesmo tempo, trouxe consigo a chamada “divisão do trabalho” ou especialização fazendo com que determinadas pessoas se dedicassem a atividades específicas dentro de uma organização.

Um dos grandes desafios de absolutamente qualquer organização nos dias de hoje — independentemente de porte ou setor — é, ainda que minimamente, recuperar a “visão do todo” dos artesãos.

Por quê? Porque todos, absolutamente todos, em uma organização estão — em suas rotinas de trabalho — a tomar decisões.


Já se foi o tempo em que se imaginava que apenas altos executivos ou o Conselho de Administração poderiam tomar decisões com o potencial de causar grande impacto à organização. Visão sistêmica é vital no processo de tomada de decisão.

Em um ambiente de negócios, cada vez mais conectado e complexo, avaliar minimamente o impacto de uma decisão sobre diferentes perspectivas do desempenho da organização é essencial para sua sobrevivência e crescimento.

Quando um inspetor aprova ou desaprova determinado produto, pode gerar consequências na satisfação dos clientes, impactos financeiros, responsabilidade civil pelo fato do produto e até mesmo danos à reputação da organização.

Quando um comprador decide optar por determinado fornecedor, de forma análoga, pode estar criando impactos a diferentes aspectos do desempenho.

E isso vale para todas pessoas, em todos os processos e em todos os níveis da organização.

Com certeza, não será a simples existência de padrões (ou normas) que parametrizam a tomada de decisões que irá conter todas as eventuais vulnerabilidades de uma organização. Porém, já é um ponto de partida.

Afinal, decisões são tomadas ao se balancear — por um lado — o conjunto de regras (procedimentos), princípios e valores de uma organização, com os riscos percebidos como potenciais consequências de tais decisões.

O desenvolvimento e a implementação de Sistemas de Gestão, baseados em normas internacionais, podem contribuir de maneira significativa para que uma organização minimize os seus riscos. Atualmente, as normas de Sistemas de Gestão publicadas pela ISO trazem — todas — requisitos sobre a necessidade da “gestão de riscos”.

O efetivo conhecimento e gestão dos riscos permite que uma organização tenha clareza sobre os eventuais passivos que são criados por sua operação. Passivos esses que — no limite — podem levar uma organização a uma grande exposição pública, como as geradas por operações como “Lava Jato” e “Carne Fraca”.


Padrões não são “caretas”. E, sim, seguir procedimentos pode ser “da hora”. Lembre-se: estar certificado segundo uma Norma Internacional é um grande facilitador para novos negócios.

Especialmente quando tais normas levam as organizações a repensar seus processos de tomada de decisões, em função da necessidade de aprimorar sua gestão de riscos.